expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O capítulo deletado de "Uma odisseia além do oceano"

Os irmãos Legrand
Ahoy, tripulantes! Desta vez – suponho – eu cheguei para ficar. E não poderia deixar de abrir alas (ou reinaugurar o blog) sem abranger um assunto que é no mínimo popular no âmbito literário (principalmente para aqueles que escrevem!). Como não sou de conversar muito, tratarei de ir direto ao ponto... Pois bem! Todo escritor, em sua fase diplomática de revisão, se iguala a um verdadeiro espadachim afiado, cortando impiedosamente aquelas palavrinhas que brotaram em profusão durante o processo glorioso de sua criatividade... Às vezes chega a ser doloroso promover tal ação, eu mesmo já me vi em situações hediondas, a ponto de me sentir deprimido por apagar frases que tanto me iluminaram. Contudo, na maioria das vezes essas atitudes são bastante aceitáveis, afinal de contas é essencial (para nós) enxugar o texto e deixá-lo bem polido e agradável, para o bem do leitor (e do nosso, diga-se de passagem). E assim como esses “pequenos” cortes, existem também os “grandes”. Estou me referindo aos capítulos inteiros, aqueles que soaram impecáveis aos seus olhos, mas por um motivo aceitável – por assim dizer – você se sentiu obrigado a retirá-lo do manuscrito... Nem sempre uma GRANDE bagagem de informações preenche um livro por inteiro. E tendo excluído um capítulo, normalmente o engavetamos (eu mesmo faço isso, para o caso de aproveitá-lo em qualquer ensejo futuro). Ocorre que em ENTRE O CÉU E O MAR eu decidi excluir um capítulo super legal, que apesar de ser taxado por mim de “super”, foi retirado pelo fato de ocupar mais páginas que o devido, e isso preencheria demais a trama, deixando-a propensa a outras e outras lacunas... Enfim, esse capítulo havia sido ilustrado também, e narrava um episódio extraordinário dos irmãos Annette e Vasseur Legrand no Caribe.

Brandindo loucamente o sabre, o pirata beberrão quase acertou Annette, que não parou de correr. Para a sorte da loura existiu esse "quase", já que ela olhou para o alto e viu Vasseur dependurado, pronto para ajudá-la. O irmão pendia-se numa corda, que envolta no imenso coqueiro também sustentava uma rocha de imensurável peso...


Quem já leu o livro UMA ODISSEIA ALÉM DO OCEANO sabe que aventura, ação e mistério transbordam nas páginas. Ação, principalmente. Aqui o pivô é a adrenalina, os riscos da aventura e suas principais consequências. Como piratas, Vasseur e Annette Legrand mergulharam de cabeça para conseguir um navio e seguir à todo pano ao coração de Porto Rico. De lá, após uma acirrada luta contra dezenas de soldados em meio a um roldão imperial, os irmãos piratas içaram velas com destino à remota Isla Desecheo, onde, por ironia do destino, tiveram que mais uma vez guerrear... No capítulo que se segue esta longa batalha (Página 13, sob os domínios do capítulo "O Retorno da Domadora de Sabres"), Annette e Vasseur separam-se de sua tripulação forçosamente para desvendar o segredo de um antigo tesouro. (O motivo, só lendo para saber...) Contudo, sabe-se que o tesouro é o eixo da grande roda de conflitos, pois outros piratas e, para piorar, soldados da coroa, também atiram-se no campo de batalha (ou deveria considerar, "ilha de batalha?). Durante o processo, dei procedência a cena que levaria os irmãos piratas a sequestrarem um pirata hostil e inimigo, cuja intenção resumia-se na ação de interrogá-lo, pois ele sabia demais... Não obstante, o trecho foi deletado do livro e, juntamente ao mesmo, foram deletadas as ilustrações que agora apresento a vocês. As imagens seguem o estilo "quadrinho", com cenas bem detalhadas. Não há balões nesta sequencia, posto que o livro já pormenorizava cada movimento brusco adotado por Annette e Vasseur ao tentarem agarrar seu inimigo pirata. O lema deste grande feito foi: "Se pegarmos um deles, não apenas o interrogaremos... Pensaremos, Planejaremos e Operaremos como os nossos inimigos." Os desenhos foram planejados às pressas, mas evidencia parte da cena descrita:


Arfante, ou louro tomou fôlego e alçou o facalhão; a coisa silvou no ar e fez a corda soltar um estalo, atravessando-a numa incrível celeridade. Imediatamente após o corte, a rocha cedeu. Annette — que ainda entregue à corrida observava a gangorra ali montada — sentiu o inimigo a tomar proximidade, pisoteando a ponta da alongada madeira. O pirata se curvou ao atacar, errando o alvo; nessa hora muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo...


Ao pisar na ponta da madeira, Annette preparou-se física e mentalmente e previu o salto; Vasseur soltou-se de cima; a irmã girou em vôo perfeito e pousou detrás do beberrão, acertando-lhe — milésimos antes que Vasseur pousasse — um chute poderoso na região das costas.


Gostaram dessa curiosidade e ficaram curiosos sobre o que viria a seguir? Não se preocupem, lobos do mar! Muitas revelações ainda estão por vir...

Ano dos desenhos: 2012
Escrito e Desenhado por Robson Gundim




Nenhum comentário:

Postar um comentário